Nada no Universo existe ao acaso. Tudo é regido por uma harmonia universal cuja origem não podemos compreender.
Não é muito difícil encontrar exemplos dessa perfeição. Basta para isso olhar atentamente para dentro de nós mesmos para compreendermos isso (ou talvez a dificuldade resida exactamente em conseguirmos olhar atentamente para dentro de nós mesmos).
Observando a harmonia galáctica e a mecânica dos astros (o movimento de rotação e translação dos planetas, proporcionando as características elementares que conhecemos, no caso da Terra), a gravidade e o magnetismo, o fenómeno da electricidade, verificamos uma lógica perfeita.
Num breve relance sobre as ciências terrestres, deparamo-nos com uma coerência irrepreensível.
E mesmo assim, nessa nossa insignificância diante de tamanha construção, continuamos sem conseguir ver o que está mesmo em frente ao nosso nariz.
E quando admitimos a ideia de Deus, quantas vezes não permanecemos obstinados em acreditar na ideia do aniquilamento permanente de seres dotados de consciência, através da morte física?
É inconcebível a ideia de um Universo Perfeito sem um Criador Perfeito.
E mais inconcebível é admitir que um Criador de um Universo Perfeito, poderia criar seres dotados de consciência destinados a ser perpétuamente aniquilados.
Esta ideia resume a questão elementar do pensamento espírita e foi inspirada n'"O Livro dos Espíritos" - Capítulo I - "De Deus". Aos meus gentis leitores, pelo que sugiro vivamente a sua leitura.
